Compositor: Joanna Newsom
A cotovia e o chim-choo-ree e o pardal
Zarparam para o céu em uma farra aérea, para a diversão do faraó
Um pouco depois os fariseus passaram o pente pela campina
Você se lembra do que chamaram você e eu em nossa janela?
Há uma luz enferrujada nos pinheiros essa noite
Sol derramando vinho, Senhor, ou medula
Dentro dos ossos dos galhos
E o pináculo das igrejas
Saltando das sombras
E a gema e o machado e as chaminés velhas e o fardo e o carrinho
E tudo se inclinou como se fosse arrastado por uma corda
Na foz do Sul abaixo
Nós vimos essas montanhas se ajoelharem, feitas de feltro e com topos acinzentados
Nós achamos que nossos próprios corações fossem subir e derreter
Da neve durante a noite
Só indo
E indo
E o movimento dos sinos de vento
De manhã
De manhã
Me ajuda a achar meu caminho de volta
Para o lugar onde estive
E, Emily, eu te vi ontem à noite pelo rio
Eu sonhei que você jogava pedrinhas pela superfície da água
Franzindo a testa com o ângulo em que elas se perdiam, e caíam para sempre
Em uma nuvem de lama, coberta de mica, como se o céu respirasse em um espelho
De todo modo, eu sentei ao seu lado, na água
Você me ensinou os nomes das estrelas acima e eu anotei no meu registro
Embora tudo o que eu soubesse da rota do universo fossem aquelas Plêiades perdidas em dezembro
Eu te prometi que faria um verso com elas para que eu sempre me lembrasse
Que o meteorito é a fonte da luz
E o meteoro é só o que vemos
E o meteoroide é uma pedra que é desprovida do fogo que a arremessou para ti
E o meteorito é só o que causa a luz
E o meteoro é como é percebida
E o meteoroide é um osso jogado do vazio que descansa quieto em oferenda a ti
Você veio e pôs uma compressa fria sobre a bagunça em que eu estava
Escancarou as janelas e gritou: Amém! Amém! Amém!
O mundo todo parou para lhe ouvir gritando
Você olhou para baixo e viu agora o que acontecia
As fronteiras estão sumindo no meu reino
Embora eu nunca saiba o modo de delimitá-las
Então as bocas sujas dos babuínos e porcas e a perdiz e o cavalo e a galinha
Agarram-se ao portão do lago emergente que já fora um curral arrumado
E o correio está atrasado e as grandes propriedades não se acendem de dentro
A conversa da cidade se torna simplesmente nojenta
No tempo certo nós veremos os locais ao longe acesos por uma chama
Eu vi a sua coragem, e eu te seguirei lá
E remar durante a noite
Tão saudável
Fiquei saudável de repente
À procura de uma parteira
Que possa me ajudar
Que possa me ajudar
Me ajudar a achar meu caminho de volta
E há preocupações onde estive
E diga, diga, diga no abrigo da baía; não se incomode
Deixe seus problemas aqui onde os rebocadores quebram a água da água
Flanqueado por sulcos, encolhendo, como um fósforo segurado perto de um jornal
Emily, eles seguirão sua liderança ao pé da letra
E eu faço essa afirmação, e não tenho vergonha de dizer que te conheço melhor
O que eles viram é só um raio do seu sol que bane o inverno
Deixe-nos ir! Embora saibamos que é um esforço inútil
Os laços que amarram, eles são farpados e espinhentos e nos envolvem para sempre
Embora não haja nada que pudesse me ajudar a compreender um céu que se abre e boceja
Tem uma música com a qual acordei nos meus lábios enquanto você velejava seu grande navio até a manhã
Volte para casa; as papoulas estão todas crescidas à altura do joelho agora
Botões todos caíram, e o pólen arruína o arado
Peônias acenam na brisa e enquanto elas sopram úmidas
Com indiferença hidrocefálica, formigas enxugam suas testas
E tudo com asas é inquieto, sem rumo, bêbado e severo
Borboletas e pássaros colidem em horas quentes, terríveis
E minha ausência materna cor-de-argila reclina oscilante
Volte para casa, agora! Todos os meus ossos estão dolorosos com vinhas
Pai me mostrou, pela centésima vez essa noite
O jeito que a concha conduz para uma bala de luz vermelho-terra
Semicerre seus olhos para o céu e ouça
Amando-o, nos movemos por suas fronteiras
Só asterismos na ordem definida das estrelas
Nós poderíamos ficar um século paradas
Encarando, com nossas cabeças erguidas
Na vasta luz do dia essa coisa
Alegria
Cercada de terra
Em corpos que não ficam
Abobados com a doçura de ser
Até não sermos mais
Ditas para pegar isso
E comer isso
Ditas que o meteorito é a fonte da luz
E o meteoro é só o que vemos
E o meteoroide é uma pedra que é desprovida do fogo que a arremessou para ti
E o meteorito é só o que causa a luz
E o meteoro é como é percebida
E o meteoroide é um osso jogado do vazio que descansa quieto em oferenda a ti